Morte no SEF. Regresso dos inspetores ao aeroporto é uma questão de "honra e justiça"
Tribunal chumba despacho do SEF que afasta inspetores do aeroporto de Lisboa.
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O Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF-SEF) explica que era uma questão de "honra e de justiça" conseguir o regresso dos quatro inspetores afastados do aeroporto de Lisboa depois de processos disciplinares na sequência da morte de um cidadão ucraniano em março de 2020.
O regresso foi agora decidido depois do Tribunal de Sintra ter chumbado o despacho do SEF que confirmava esse afastamento.
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Os quatro estão a ser alvo de processos disciplinares, mas o presidente do sindicato defende, em declarações à TSF, que não faz sentido serem punidos por algo que ainda não se provou. O tribunal acabou, agora, por lhes dar razão.
Renato Mendonça diz que "o processo disciplinar numa fase inicial prende-se apenas com a averiguação das situações e ao serem afastados do local de trabalho isso era encarado como uma punição antes de serem sequer acusados".
O sindicalista acrescenta que os inspetores em causa não tiveram qualquer envolvimento direto na morte de Ihor Homeniuk em março do ano passado aconteceu no aeroporto de Lisboa.
"Estamos a falar de uma questão de honra, justiça e de brio profissional pois o afastamento nem está previsto no regulamento disciplinar da função pública", detalha Renato Mendonça, que sublinha que a situação destes inspetores nada tem a ver com aquela que está a ser julgada no tribunal, ou seja, não tiveram qualquer intervenção direta na morte.
"Isto não tem nada a ver com a situação direta da morte e é apenas a investigação da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) aos procedimentos que envolveram a estadia do mesmo no aeroporto de Lisboa", conclui o representante dos inspetores.
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