Motoristas de matérias perigosas queixam-se de perseguição por parte de patrões
Trabalhadores pedem a intervenção do primeiro-ministro.
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Os motoristas de matérias perigosas queixam-se de perseguição a trabalhadores e pedem a intervenção do primeiro-ministro. Numa carta aberta queixam-se de que várias empresas de transporte de mercadorias estão a impor represálias a funcionários que aderiram às greves.
Em declarações à TSF, o presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas explicou que a situação começou logo após a paralisação de abril, mas ganhou intensidade desde a de agosto. Francisco São Bento contou que um dos últimos casos foi o tesoureiro do sindicato, que foi suspenso. Mas há muitos mais.
"Arriscaria falar entre quatro a cinco dezenas de processos disciplinares que foram implementados aos trabalhadores, fora a questão das represálias, nomeadamente de trabalhadores que, por exemplo, estavam a exercer as suas funções a dez quilómetros de casa. A empresa colocou-os a fazer prestação de serviços a mais de 100 quilómetros de casa", explicou Francisco São Bento.
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São práticas ilegais, segundo Francisco São Bento, que pede a intervenção de António Costa com o argumento de que as empresas de transportes se sentem protegidas pelo Governo.
"Fizemos esta carta aberta ao senhor primeiro-ministro a procurar que tome uma iniciativa perante as instituições que estão sob a sua tutela para tentarmos chegar aqui a uma solução. Caso esta carta ao primeiro-ministro não surta nenhum efeito nem nos traga nenhuma solução para o que está a acontecer, o sindicato terá que agir junto a instituições judiciais europeias", afirmou o presidente do sindicato.
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Os motoristas de matérias perigosas esperam uma resposta do executivo até à próxima quarta-feira.