O presidente da Associação Sindical de Juízes afirmou, no Fórum TSF, que a Justiça está numa situação limite e deu como exemplo os cortes mas também as pressões sobre o Tribunal Constitucional.
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Numa altura em que a greve é uma possibilidade, José Mouraz Lopes sublinha que os juízes sabem que esta só deve ser utilizada como último recurso, mas a Justiça está já numa situação limite.
«As nossas formas de luta são, obviamente, condicionadas diretamente pelo nosso papel na Justiça e, por isso, sabemos que a greve só deve ser e pode ser utilizada em situações limite», afirmou.
Em declarações no Fórum TSF, o presidente Associação Sindical de Juízes denunciou pressões, em especial sobre o Tribunal Constitucional (TC), que classificou de «inadmissíveis», mas também o cortes previstos para o setor no orçamento do estado OE) para 2014.
Mouraz Lopes diz, no entanto, que ainda há forma de evitar a paralisação.
«Nós estamos no limite, mas foi claramente demonstrado na assembleia geral que nós gostaríamos de não ir para a greve e gostaríamos que não fossemos empurrados para esse último recurso, porque há caminhos a percorrer. Julgo que, sobretudo, os poderes políticos têm que saber concretamente o estado das coisas», concluiu.
O presidente Associação Sindical de Juízes adiantou ainda na TSF que vai pedir ainda esta segunda-feira uma audiência ao Presidente da República.
No sábado, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses apelou para que Cavaco Silva intervenha junto da Assembleia da República e do Governo para garantir verbas suficientes para o funcionamento do sistema de Justiça.