Movimento pelo Interior quer transferir pelo menos 2500 funcionários públicos
Funcionários públicos que forem para o Interior poderão ganhar mais e reformar-se mais cedo.
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O Movimento pelo Interior, subscrito por figuras públicas da Esquerda à Direita, quer levar pelo menos 2500 funcionários públicos de Lisboa para o Interior.
Entre as 24 propostas que serão esta sexta-feira apresentadas ao governo e ao Presidente da República está uma medida que pede a deslocalização de 25 serviços públicos de Lisboa que correspondam a um mínimo de 100 funcionários por cada serviço (por exemplo, institutos públicos ou direções-gerais) para cidades do Interior ao ritmo de, pelo menos, dois serviços por ano, com início em 2020.
Além disso, todos os novos serviços públicos que venham a ser criados devem ser, por norma, colocados no Interior e o Estado deve deslocalizar para cidades longe do Litoral funções de back office de outros serviços do Estado que permaneçam localizados em Lisboa.
Os promotores destas propostas defendem que já não faz sentido em pleno século XXI que tantos serviços do Estado continuem em Lisboa numa altura em que existem tantos meios tecnológicos que permitem estar longe da capital, desenvolvendo regiões altamente desfavorecidas.
Ordenados mais altos
O Movimento propõe ainda um subsídio igual a um salário extra, por ano, para os funcionários públicos que vierem a ser deslocados, majorando a progressão na carreira e os subsídios de parentalidade e de abono de família.
Os funcionários deslocalizados deviam ainda ter uma majoração de 10% na contagem de tempo de serviço para efeitos de aposentação durante o tempo de prestação de serviço no "interior".