O movimento cívico entrega hoje 233 cravos brancos a Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, à presidente da Assembleia da República e a todos os deputados.
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Paulo de Melo Romeira, presidente do movimento Revolução Branca, em declarações à TSF, diz que os cidadãos têm de substituir a atual classe política.
O movimento apartidário, que aponta como seus objetivos «consciencializar, alterar a Constituição e as leis eleitorais, impedir a 'escravatura' e transformar o Estado português», indicou em comunicado que todas as entidades que vão receber, entre as 11h30 e 12h15, a declaração e os cravos «foram devidamente informadas».
Na "Declaração contra a Incompetência, a Irresponsabilidade e o Propósito", encabeçada pela frase "Exigência: Um Governo que sirva Portugal", o movimento Revolução Branca acusa a classe política de «mais uma vez, num autêntico hino à incompetência, à irresponsabilidade e ao propósito, forçar o caos na sociedade portuguesa, procurando arranjar mais um 'bode expiatório' para os males que nos apoquentam, culpando, como já o vem fazendo há muito, a Constituição da República Portuguesa».
A «inconstitucionalidade de medidas consideradas estruturais», inscritas na lei do Orçamento do Estado, «é da inteira responsabilidade de todos os partidos políticos, que não desejaram qualquer solução de consenso. Pelo contrário, todos utilizaram o Orçamento do Estado como arma de arremesso face aos interesses políticos e partidários, espezinhando conscientemente o bem comum, o bem de Portugal e o futuro dos cidadãos», lê-se no documento.
Segundo o movimento, «mais uma vez, os cidadãos foram tratados como carne para canhão, nas guerras políticas, pelos partidos políticos que os deviam representar, mas que não conseguem olhar para além do seu próprio umbigo e dos interesses de quem os patrocina».
A declaração inclui ainda uma crítica ao Presidente da República que, de acordo com o movimento, «assumiu, como sempre, uma posição inspirada em histórico governador romano, lavando as mãos, dizendo que faz sempre o possível, querendo transmitir ao povo que nada mais pode fazer e derrogando conscientemente os seus poderes constitucionais».