Movimento Vida Justa apresenta providência cautelar para evitar novas demolições no Talude
"A única solução, e a mesma de sempre, é colocar providências cautelares", refere Kedy Santos, do Movimento Vida Justa, em declarações à TSF
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O movimento Vida Justa apresentou, na terça-feira, uma providência cautelar para evitar que a câmara de Loures ordene a remoção de cinco construções precárias no Talude Militar. A autarquia tinha dado um prazo de 48 horas para os residentes saírem daquelas construções para que fossem deitadas abaixos. Em declarações à TSF, Kedy Santos, do Movimento Vida Justa, afirma que "colocar providências cautelares" é "a única solução e a mesma de sempre".
O porta-voz da Vida Justa critica ainda a "insuficiência" dos apoios da câmara de Loures a estes moradores. Kedy Santos adianta ainda que a autarquia levou "técnicas sociais ao terreno" para informar os moradores "para se deslocarem, como sempre, ao serviço de habitação na Casa da Cultura de Sacavém em Loures, onde a única oferta que iriam obter seria uma caução e uma renda".
Acrescenta que, em alguns casos, as técnicas sociais questionam os moradores: "Quando é que voltam para a sua terra?"
A 14 de julho, a autarquia de Loures desencadeou uma operação de demolição de 64 casas precárias e construídas pelos moradores no Talude Militar, onde viviam 161 pessoas, tendo sido demolidas 51 no primeiro dia e outras quatro no segundo.
A operação foi, entretanto, suspensa após o despacho de um tribunal de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores. As novas demolições estariam previstas para esta quinta-feira. Uma segunda providência cautelar já deu entrada no tribunal.
