Organizadores do movimento que reúne polícias e guardas à margem dos sindicatos admitem que fraca adesão ao último protesto obriga a parar para pensar.
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No seguimento da pouca adesão ao último protesto organizado nos aeroportos, o grupo Movimento Zero, que reúne agentes da PSP e militares da GNR, suspendeu até ao início de fevereiro a sua atividade, a não ser em situações graves, dizendo que até lá estará em "período de ponderação e reflexão".
Num comunicado publicado na quinta-feira na Internet, este grupo sem líderes conhecidos, mas que no último ano agitou a contestação queixando-se das condições de trabalho na PSP e GNR, dá por encerrado o protesto que estava a decorrer desde terça-feira, por tempo indeterminado, nos aeroportos nacionais.
"Ficou demonstrado neste protesto", diz o Movimento Zero, "que há homens e mulheres de grande fibra nas instituições da PSP e GNR, mas há também uma grande lacuna no corporativismo saudável".
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O comunicado diz que "a sociedade portuguesa está pouco recetiva a uma cidadania ativa" e, numa crítica indireta aos sindicatos, o Movimento sublinha que os administradores do grupo não têm "cotas, folgas ou créditos, só uma vontade férrea de lutar por uma polícia melhor e uma sociedade mais segura".
Telegram encerrado até fevereiro e Facebook quase parado
Perante o resultado do protesto nos aeroportos, o Movimento Zero diz que "não podemos esconder o sentimento de que afinal os polícias estão bem, os poucos que lutam estão mal". Razões que levam os administradores da conta do Telegram a encerrarem o grupo até 1 de fevereiro.
O Telegram é a aplicação de troca de mensagens para telemóvel onde polícias e guardas aderentes comunicam e que potenciou o crescimento do Movimento Zero.
Até lá, "este período será usado para ponderação e reflexão individual".
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Perante este "apelo à quebra na proatividade", o Movimento Zero acrescenta que também a página no Facebook fará "essa quebra", "exceto em situações graves.
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