O Ministério Público (MP) deduziu acusação contra a médica e a técnica de audiologia envolvidas na troca de medicamentos que, a 17 de Junho de 2010, afectou duas crianças no hospital Garcia de Orta, em Almada.
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De acordo com Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) foram imputados dois crimes às arguidas: o crime de ofensa à integridade física por negligência, que pode, dependendo da gravidade da situação, ser punido com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias; e o crime de ofensa à integridade física grave, punível com pena de prisão de 2 a 10 anos.
A PGDL informou que o conselho de administração do HGO, as duas arguidas e os pais das crianças não chegaram a acordo sobre a indemnização e que, nesse sentido, «a possibilidade de aplicação da suspensão provisória do processo [saiu] gorada».
«O MP deduziu acusação contra a médica que administrou o medicamento e [contra] a técnica que preparou a mesa de trabalho para os exames auditivos», lê-se em nota publicada hoje no site da PGDL.
A mesma nota informa que «foi proferido despacho de arquivamento relativamente a um terceiro arguido, enfermeiro do serviço de Otorrinolaringologia, piso onde os factos ocorreram».
Contactado pela agência Lusa, o conselho de administração do hospital afirmou que não se pronuncia sobre processos em curso.