
Peugeot-Citroen
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O DCIAP decidiu proceder a uma averiguação preventiva à gestão da Peugeot-Citroen de Mangualde, depois de um accionista ter apresentado uma queixa.
António Ribeiro, accionista da fábrica da Peugeot-Citroen de Mangualde, contesta o facto de a empresa nunca ter distribuído lucros, uma decisão tomada com base numa assembleia-geral ilegal.
«Nunca distribuíram um cêntimo de dividendos quando até 2002» ficou decidido que não podiam deixar de ser distribuídos 50 por cento pelos accionistas, «a não ser que 75 por cento do capital social da empresa decidisse a não distribuição», disse.
«Nunca houve 75 por cento de capital social em assembleias», acrescentou, frisando que tudo o que se discutia nessas reuniões não era passado para actas, logo, «nunca se sabia de nada».
O accionista apontou ainda o dedo aos estatutos alterados de forma ilegítima, porque nunca foi convocada uma assembleia especifica para esse fim.
«Eles elaboraram os estatutos em que pretendiam que a distribuição dos dividendos passasse a 51 por cento, que era a posição que eles já auferiam, para não distribuir a ninguém», criticou, adiantando que os estatutos foram indeferidos.
A Peugeot-Citroen de Mangualde está ainda envolvida na compra de acções próprias e negócios imobiliários que não terão sido autorizados pela assembleia-geral e que estão também na mira do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).