O Ministério Público arquivou o processo por inexistência de irregularidades na participação na venda de ações da EDP do BES Vida ao BES, em 2008.
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A Procuradoria-Geral da República (PGR), que não revelou a identidade dos dois administradores, disse à TSF que a investigação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, iniciada em novembro de 2012, não encontrou «indícios suficientes da sua participação nos factos».
De acordo com o Diário de Notícias, José Maria Ricciardi, presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), e Amílcar Morais Pires, antigo número dois do BES, constituídos arguidos em 2013, são os dois administradores do BES visados.
Na mesma investigação, o Ministério Público (MP) proferiu acusação contra três elementos do Departamento Financeiro, Mercados e Estudos do Banco Espírito Santo (BES), pela prática de um crime de abuso de informação em coautoria.
O ilícito prende-se «com a realização de operações para a carteira própria do BES, em ações EDP, e em que figuraram como contrapartes a BES - Vida e o Credit Suisse, nos dias 23, 24, 29, 30 e 31 de janeiro de 2008».
As operações «assentaram em conhecimento de informação privilegiada relativa à EDP, a qual apenas viria a ser tornada pública após o fecho do mercado bolsista de 28 de janeiro de 2008».
«Nos termos da acusação foram obtidas mais-valias para a carteira própria do BES no valor de 5.951.400 euros, com a prática do ilícito, razão pela qual o MP requer que esse montante seja declarado perdido a favor do Estado», refere a PGR.