Quatro anos depois do incêndio de Pedrógão Grande, a secretária de Estado da Administração Interna diz à TSF que a mudança, no combate aos fogos rurais, vai ser demorada.
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Quatro anos depois do grande incêndio de Pedrógão Grande, que marcou o início do pior ano de sempre em termos de incêndios florestais e especialmente das consequências por eles provocados, a secretária de Estado da Administração Interna diz que não há decisão que tome, em matéria de prevenção e combate a incêndios, que não tenha presente a tragédia de junho de 2017.
Patrícia Gaspar foi, naqueles dias, a cara e a voz da proteção civil, nos momentos mais tensos, e diz que hoje não é possível ignorar esses momentos.
A secretária de Estado da Administração Interna, ouvida na Tarde TSF, lembrou que não é suposto estar tudo feito na mudança que começou há quatro anos, e que implica novas formas de posicionar os meios e de prever o risco.
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Uma das principais mudanças que já se nota é a forma como gasto o dinheiro de combate aos fogos rurais, com cada vez mais verbas encaminhadas para prevenir.
Apesar disso, Patrícia Gaspar lembra que não existe "risco zero", e que será sempre necessário apostar em meios capazes de combater os fogos rurais.
Patrícia Gaspar defende que a capacidade de Portugal enfrentar riscos de proteção civil será tanto melhor, quanto maior for o profissionalismo dos operacionais, incluindo os bombeiros.
Mas reconhece que também aqui, esse é um processo gradual.
Na Tarde TSF, Patrícia Gaspar reconheceu ter vantagens no trabalho que faz, depois de ter passado de operacional e decisora política, e elogiou o caminho feito pela sociedade portuguesa, que tem cada vez mais consciência cívica também em matéria de prevenção de incêndios, diminuindo os comportamentos de risco.