Secretária-geral da AHRESP considera que as linhas impõem condições de reembolso duras.
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A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) considera que as condições de acesso às linhas de apoio do Estado implicam um endividamento para as empresas que é estrangulador. Até porque o setor é feito, sobretudo, de microempresas.
A secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto, considera que as linhas impõem condições de reembolso duras e condições de acesso que, para os restaurantes, são difíceis de cumprir.
"As condições de acesso, a manterem-se, são um constrangimento enorme. Portanto, as microempresas terão muita dificuldade. Depois há também as condições das próprias linhas, que criam um endividamento muito estrangulador", explicou à TSF Ana Jacinto.
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Ana Jacinto acrescenta que, na prática, os empresários vão demorar demasiado tempo a conceder e que estas linhas ainda não estão disponíveis.
"Elas não estão disponíveis e mesmo quando estiverem, se estiverem tal e qual como chegou ao conhecimento da AHRESP, significa que temos, desde a entrada da candidatura até à sua aprovação, uma demora que pode ir até 40 dias úteis. É muito tempo, as empresas não conseguem suportar tanto tempo sem apoio à tesouraria", sublinhou a secretária-geral da AHRESP.
A associação insiste, por isso, no apoio direto do Estado às empresas.
"O apoio direto de mil euros a cada colaborador, sendo que depois a empresa será responsável por pagar 50% quando sairmos deste estado de crise. Este seria um apoio direto, uma medida que não só iria manter os nossos postos de trabalho como permitiria que o Estado tivesse a garantia das receitas ao nível da TSU", acrescentou Ana Jacinto.
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