Laura Cravo optou por pedir que não seja posta em prática a renovação anual com o Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais.
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A mulher do ministro das Infraestruturas, Laura Cravo, já comunicou ao diretor-geral do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério das Finanças que não quer renovar a sua ligação para 2024.
"A renovação anual para 2023, que a Dra. Laura Cravo já manifestou que pretende que seja a última, está já instruída e em fase de autorização final", lê-se num comunicado emitido ao início da noite desta sexta-feira pelo diretor-geral do gabinete, José Carlos Azevedo Pereira.
Na última terça-feira, o ministro das Finanças, Fernando Medina, garantiu que Laura Cravo não foi nomeada pelo Governo, estando apenas em regime de mobilidade naquele gabinete.
"Laura Cravo não foi nomeada diretora do departamento, não vai ser nomeada diretora do departamento pela razão, aliás, muito clara, e creio natural do senhor diretor-geral, pretender que o cargo, depois da saída do anterior titular, seja promovido em concurso público", justificou.
Esta segunda-feira, a TVI avançou que Laura Abreu Cravo, mulher do atual ministro das Infraestruturas, João Galamba, coordena há um ano o Departamento de Serviços Financeiros no Ministério das Finanças, liderado por Fernando Medina, embora a nomeação nunca tenha sido publicada em Diário da República.
Medina explicou que Laura Cravo não foi nomeada em Diário da República, porque está a exercer funções no Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério das Finanças ao abrigo da mobilidade pública, já que é quadro da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
No comunicado desta noite, José Carlos Azevedo Pereira escreve que, tendo em conta que o "perfil, experiência e habilitações" de Laura Cravo "correspondiam às necessidades identificadas" do GPEARI, depois de "obtidos os acordos e autorizações previstos legalmente, esta iniciou funções" a 1 de novembro de 2020 "ao abrigo" de um Acordo de Cedência de Interesse Público (ACIP).
O diretor-geral do gabinete escreve também que, devido a uma "limitação de recursos humanos na Administração Pública em áreas altamente especializadas como as desempenhadas pelo GPEARI", este tem recorrido, "desde 2007", a vários ACIP como solução para "alguns lugares" da equipa."
"Neste momento, em 38 posições contam-se 6 ACIP nos quadros do GPEARI, um valor em linha com o dos últimos anos. Estão concentrados no departamento de serviços financeiros", esclarece também.