Portugal está entre os países com mais mulheres no mercado de trabalho, apesar disso elas são mais vulneráveis à pobreza do que os homens.
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A conclusão está no mais recente relatório da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género relativo a 2011 e que foi esta manhã divulgado pela agência Lusa.
Em Portugal, a participação feminina no mercado de trabalho é de 61%, uma das taxas mais elevadas da União Europeia. Ainda assim a taxa de desemprego das mulheres em 2011 era um por cento superior à dos homens.
Outro problema resulta do facto de elas ganharem menos. O ordenado médio de uma mulher em 2010 foi de 800 euros. Já os homens chegaram quase aos mil euros.
Para além de salários mais baixos e de serem mais afetadas pelo desemprego, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género aponta outros fatores que agravam o risco de pobreza das mulheres: a especificidade da sua participação na vida familiar e uma menor proteção social por ser mais irregular a sua presença na vida económica.
Neste relatório é ainda lembrado que a esperança de vida das mulheres é mais elevada. Muitas idosas estão numa situação precária por causa do isolamento em que vivem e por não terem recursos económicos.
A privação material, a expressão utilizada para definir a incapacidade para comprar casa ou outros bens duráveis, é também maior entre as mulheres. Nos homens a taxa de privação é de 22%. Nas mulheres anda perto dos 23%