Câmaras em carros de polícia vão passar multas de estacionamento automáticas no Porto
Um "sistema muito mais justo" face a "um problema gravíssimo". À TSF, o comandante da polícia municipal do Porto esclarece que "o que é captado é exclusivamente a matrícula".
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A autarquia do Porto prepara-se para, a partir do próximo ano, tornar automáticas as multas de quem estacionar de forma ilegal. Através da instalação de câmaras nos tejadilhos dos carros da polícia, será possível conseguir fazer desaparecer as multas em papel e facilitar o processo de fiscalização e gestão de recursos humanos, avançou esta terça-feira o Jornal de Notícias.
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"É um sistema utilizado em outros países. Através de câmaras devidamente certificadas, um polícia dentro de um carro patrulha faz a recolha das imagens de veículos que estão em contraordenação, faz a validação e automaticamente esse episódio passa para o sistema de controlo de trânsito da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária", explica à TSF, o comandante da polícia municipal do Porto, António Leitão.
O concurso público para a aquisição do material prevê a compra de câmaras para dois carros policiais.
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António Leitão adianta tratar-se de um "sistema muito mais justo" que vai permitir reconhecer os carros estacionados em segunda fila, em cima dos passeios, a bloquear as garagens ou a ocupar lugares reservados a pessoas com deficiência.
Além disso, com este sistema passa a ser possível multar uma fila inteira de carros mal estacionados, enquanto até agora, os que estavam estacionados mais atrás conseguiam retirar as viaturas quando se apercebiam da presença dos agentes.
Mas, António Leitão esclarece: "o que é captado é exclusivamente a matrícula."
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Os dados revelam que este ano já foram contabilizados 10.284 reboques e 3011 carros bloqueados, na região do Porto: "É definitivamente um problema gravíssimo que prejudica a mobilidade da cidade e a segurança dos utilizadores da via."
Outra novidade, no município do Porto, são dois novos radares móveis de velocidade, "para dentro de alguns hotspots de sinistralidade conseguir-se trazer a normalidade" aos locais e "alertar as pessoas" que há mais mecanismos além da presença policial, afirma António Leitão.
Os radares vão passar a funcionar a partir de outubro e serão usados alternadamente nas ruas da cidade com maior velocidade de circulação.
* Com Maria Ramos Santos