Município de Mêda estima em milhares de euros os prejuízos causados pelo temporal

César Figueiredo pede ao Governo que ajude nesta altura quem vive da lavoura no concelho
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Vinha destruída, redes viária e pluvial danificadas, central da própria autarquia sem funcionar, é o resultado da chuva intensa, trovoada e granizo que caíram naquela zona.
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Muros e taludes das vinhas que tombaram, rede viária danificada com levantamento de calçadas e de alcatrão, estruturas das redes pluviais que colapsaram nalguns locais do concelho, são alguns dos estragos provocados pela intempérie que assolou o município de Mêda.
Na rede de águas pluviais é necessário "fazer uma intervenção e financeiramente tem muito custo para o Município, que não tem um orçamento muito elevado", lamentou o vice-presidente da câmara Municipal.
César Figueiredo que andou a visitar o concelho esta manhã, adiantou à TSF que acredita que os prejuízos atingirão "vários milhares de euros".
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No entanto, o autarca, responsável pela Proteção Civil no concelho de Mêda, afirma estar mais preocupado com os agricultores.
"Nós somos um território do interior, o nosso sustento e a nossa marca é a produção agrícola, nomeadamente a viticultura" sublinha, lembrando que a zona pertence às Regiões Demarcadas do Douro e das Beiras.
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César Figueiredo pede ao Governo que ajude nesta altura quem vive da lavoura no concelho. "A ajuda tem que vir com medidas estruturais, seja com verbas de [Portugal] 2030, seja do PRR, seja do Orçamento do Estado, porque é nesta altura que se vê se quem governa o nosso país também é solidário com o interior e tem capacidade de o ajudar, num momento tão constrangedor", sublinha, afirmando que "constrangedor" é um adjetivo demasiado fraco para descrever o que sucedeu naquele território ao final da tarde e princípio da noite de segunda-feira.
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No cômputo dos estragos inclui-se também a central telefónica da câmara municipal, para onde não é possível fazer qualquer ligação.
"Com a trovoada deve ter existido algum fenómeno [meteorológico] que fez com que alguns equipamentos ficassem fora de uso". No entanto, César Figueiredo afirma que o que mais o preocupa são as habitações da população e os agricultores.
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"Todas as nossas energias e todos os nossos parcos equipamentos (...) estão a ser utilizados para ir ao encontro das pessoas que têm que ser ajudadas", garante.