Murro na mesa? "Talvez seja a única forma de Carlos Silva ficar na história do sindicalismo"
Questionado sobre um alegado afastamento entre o PS e os sindicatos, Carlos César adianta que "não é verdade que o Governo do PS dê mais atenção às empresas do que aos trabalhadores".
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Carlos César acredita que a única forma de Carlos Silva ficar na história do sindicalismo "talvez seja" dar o "murro na mesa" anunciado pelo líder da UGT. O presidente do Partido Socialista faz estas declarações no programa da TSF "Almoços Grátis" numa altura em que se discute o afastamento do partido dos sindicatos, uma das razões que terá motivado a saída de Paulo Pedroso do partido.
Questionado sobre este alegado afastamento, o dirigente socialista adianta que "não é verdade que o Governo do PS dê mais atenção às empresas do que aos trabalhadores".
"As organizações patronais, por exemplo, queixam-se do inverso. O que nós temos consciência é que trabalhadores e empresas dependem uns dos outros e devemos pensar que o sucesso de uns e de outros é algo que deve ser inseparável", garante.
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No mesmo programa, David Justino levanta dúvidas quanto às declarações de Carlos César, aludindo à saída de Paulo Pedroso: "O comentário que eu tenho a fazer tem, em grande parte, que ver com esta coincidência com o que é a publicitação da posição já tomada anteriormente por parte de Paulo Pedroso e outras vozes, principalmente aquilo que o Carlos Silva declarou, ao ponto de dizer 'Não me vou embora sem dar um murro na mesa'."
A estas declarações de David Justino, Carlos César responde: "Talvez seja a única forma de ficar na História do sindicalismo português... se for um grande murro."