Na Terceira, os sismos fazem parte do quotidiano. "É uma realidade que os açorianos estão habituados a contar"

Artur Machado / Global Imagens
A atividade sísmica é sentida na ilha Terceira, nos Açores, desde 2022.
A ilha Terceira, no arquipélago dos Açores, tem passado, nos últimos dias, por um período em que os sismos são mais sentidos pela população. Ao longo do ano, a ativação do vulcão de Santa Bárbara e a libertação de energia provoca uma pressão nas placas tecntónicas e, consequentemente, um terramoto.
Em declarações à TSF, Gabriela Queiroz, professora e atual presidente do centro de informação e vigilância sismovulcânica dos Açores, revela que “desde 2022 que se regista uma atividade fora do normal” e, por isso, há momentos em que, tal como acontece agora, se vive um momento de atividade “mais energética”.
“A atividade sísmica que temos vindo a registar na Terceira, nomeadamente no vulcão de Santa Bárbara iniciou-se em junho de 2022 e desde essa altura registamos uma atividade fora do normal na região que é pautada por fases: umas com mais intensidade e maior número de eventos e outras mais calmas. Agora estamos a passar por um momento mais energético.”
A presidente do centro de informação e vigilância sismovulcânica dos Açores garante que, apesar de os sismos serem de pouca magnitude, são sentidos pela população. No entanto, assegura que esta “é uma realidade que os açorianos se habituaram a contar”.
“Nos Açores, a atividade sísmica é uma realidade que os açorianos se habituaram a contar. Portanto, têm noção das condições em que vivem e procuram o aconselhamento das autoridades e Proteção Civil para minimizar os efeitos de algum evento que possa ocorrer.”
