O alerta do desaparecimento foi dado por volta das 21:30 de quinta-feira.
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A Estrada Nacional (EN) 2 está cortada em Castro Daire na sequência das buscas pelo motorista de uma máquina retroescavadora, informou o relações públicas do Comando Territorial de Viseu da Guarda Nacional Republicana (GNR). "Está cortada a estrada, porque houve um aluimento de terra e, depois, porque no decorrer dos trabalhos de limpeza da via a estrada acabou por ceder provocando a queda da máquina e, consequentemente, do motorista para a linha de água", explicou António Resende à agência Lusa.
O porta-voz explicou que as buscas pelo condutor recomeçaram às 08:00 desta sexta-feira e às 12:00 encontravam-se no local 43 operacionais e 20 veículos, depois de ter sido dado o alerta do desaparecimento, por volta das 21:30 de quinta-feira.
Segundo a página oficial do Facebook do Comando Territorial de Viseu da GNR, a EN2 está interrompida entre os quilómetros 138 e 142, ou seja, entre Mós e Ponte Pedrinha, sendo a alternativa a Autoestrada 24 (A24).
De acordo com a mesma fonte, também a EN16, que liga Viseu a São Pedro do Sul, se encontra cortada, ao quilómetro 80, por causa de um desmoronamento na freguesia de Ribafeita, Viseu, e a alternativa é circular pelo interior da localidade de Gumiei.
A EN227 também está cortada devido a uma derrocada ao quilómetro 48, na localidade de Vilarinho, freguesia de Valadares, São Pedro do Sul, no distrito de Viseu. Neste caso a alternativa é a Estrada Municipal (EM) 612.
Há ainda um corte na EN225 ao quilómetro 50, em Castro Daire, por causa da queda de uma árvore, estando a circulação automóvel a ser feita pela EN321, que liga Castro Daire a Cinfães.
Cortada desde quinta-feira e sem previsão de reabrir, segundo a GNR, está a Estrada Regional (ER) 228, ao quilómetro 28, em Vouzela, devido a um desmoronamento, estando o trânsito a circular pelas localidades de Vasconha, Queirã, Loumão, Figueiredo das Donas e Fataúnços, no concelho de Vouzela.
A passagem da depressão Elsa, em deslocação de norte para sul, provocou em Portugal dois mortos, um desaparecido e deixou 70 pessoas desalojadas, registando-se até à manhã desta sexta-feira mais de 6.200 ocorrências.
Num balanço feito à agência Lusa cerca das 09:00 de sexta-feira, o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), disse que foram registadas 6.237 ocorrências desde quarta-feira, afetando em especial os distritos de Porto, Viseu e Lisboa.
O responsável destacou como ocorrências principais as quedas de árvores, movimentos de terras, inundações e quedas de estruturas. O mau tempo provocou também danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tem sob aviso laranja (o segundo mais grave) 12 distritos de Portugal continental e a costa norte da Madeira devido sobretudo à agitação marítima. Leiria, Santarém e Portalegre estão sob aviso laranja também devido às previsões de precipitação forte durante a tarde.
O IPMA alertou para os efeitos de uma nova depressão, denominada Fabien, que atingirá Portugal no sábado, em especial o Norte e o Centro, estando previstos intensos períodos de chuva e vento forte de sudoeste, com rajadas que podem atingir 90 km/hora no litoral norte e centro e 120 km/hora nas terras altas.
Segundo o IPMA, os efeitos da depressão Fabien não deverão ter em Portugal continental a mesma intensidade do que os da tempestade Elsa, prevendo-se uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo.