"Não é um caso pontual." BE ataca hierarquia e tutela da GNR no caso dos imigrantes torturados
Catarina Martins afirma que os portugueses esperam que quem vista a farda da GNR transmita "confiança".
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"As imagens são absolutamente chocantes, mas não surpreendentes", considera Catarina Martins, que reagiu ao caso dos imigrantes torturados pela GNR. A afirmação foi feita durante a entrega das listas de candidatos do Bloco de Esquerda pelo círculo do Porto às eleições legislativas.
"Podemos fechar os olhos ao problema ou encará-lo de frente", referiu a líder do BE. A coordenadora nacional do partido, durante uma intervenção aos jornalistas, pediu mais "atuação ao nível da justiça" e deixou um recado à hierarquia das forças de segurança e tutela da GNR: "também têm de agir porque quem é reincidente não pode vestir a farda".
"É responsabilidade da hierarquia e da tutela seguramente. Quando nós sabemos que há casos reincidentes e as pessoas não são afastadas, significa que a hierarquia e a tutela não estão a fazer o que devem para proteger os cidadãos e as próprias forças de segurança", afirmou Catarina Martins quando questionada pelos jornalistas, no Porto, à margem da entrega das listas de deputados às eleições legislativas de 20 janeiro.
Para Catarina Martins é a "cultura de impunidade" que cria casos como o de Odemira, onde um grupo de jovens agentes se uniram para "um ato de violência racista e xenófoba".
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Covid-19. "Nenhum país está protegido até que todo o mundo esteja vacinado"
Sobre a encomenda do Governo da quarta dose da vacina contra a Covid-19, em Bruxelas, Catarina Martins acha "muito bem que Portugal se prepare, mas falta abordar o tema das patentes, porque há partes do globo onde não há vacinas". Por isso, explica que o combate à pandemia vai ser mais complicado, porque "nenhum país está protegido até que todo o mundo esteja vacinado".
Listas do BE garantem "paridade 50/50 entre homens e mulheres"
Sobre o tema Legislativas, a líder do BE confirmou a entrega das listas do círculo do distrito do Porto e confidenciou que existe uma ""paridade 50/50 entre homens e mulheres".
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