Marcelo Rebelo de Sousa destacou o papel de Portugal e as ações promovidas pelo país para alcançar a neutralidade carbónica em 2050.
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O Presidente da República destacou, esta segunda-feira, os planos de Portugal para atingir a neutralidade carbónica em 2050 e lembrou que, tal como não há um planeta B, também não há um "Portugal B".
"Fomos os primeiros a comprometer-nos em atingir a neutralidade carbónica em 2050, adotando e implementando o roteiro para a neutralidade carbónica e para a redução de emissão de gases com efeitos de estufa. Submetemo-nos a isto com um ano de antecedência por uma razão muito simples: não existe um Portugal B como não existe um planeta B".
Para atingir estes objetivos, explica o chefe de Estado, o país vai procurar descarbonizar "por completo" os sistemas de energia e mobilidade e "capturando" mais carbono através das florestas.
"O ano de 2050 é já amanhã, mas nesta década fica o reforço da nossa ambição para 2030, de reduzir em 50% a emissão de gases com efeito de estufa, comparando com 2005", destaca Marcelo Rebelo de Sousa. Alcançar uma eficiência energética de 50% e garantir que 80% da eletricidade é gerada a partir de fontes renováveis, eliminando o carvão, são outros dos objetivos elencados.
"Já alcançámos os 54% de energia gerada a partir de fontes renováveis", sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa. "Portugal e o Quénia vão organizar a Conferência dos Oceanos em Lisboa, em 2020, com a ambição de procurar um uso mais sustentável dos oceanos", procurando também criar as bases para uma economia dos oceanos que seja sustentável.
O envolvimento da sociedade civil e do setor privado na busca pela neutralidade carbónica em 2050, a preservação dos habitats naturais e da biodiversidade e a criação de emprego foram alguns dos caminhos a seguir citados por Marcelo Rebelo de Sousa, que apelou aos líderes políticos que estabelecessem o exemplo na luta contra as alterações climáticas.
"Pouco a pouco, aqueles que ainda não assinaram o Acordo de Paris - ou que o assinaram e começaram a recuar - estão a vir ter connosco, anunciando que o vão assinar ou que vão participal na Cimeira pelo Clima", destacou.
O Presidente da República deixou, por fim, uma mensagem: "Nós não vamos falhar."