Fundador, antigo deputado e ex-líder parlamentar do CDS, António Lobo Xavier, em entrevista à TSF, considera que "não há nenhum golpe de estado no CDS".
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O jurista e habitual comentador do programa Circulatura do Quadrado, da TSF, diz que os órgãos do partido têm "toda a legitimidade" para convocar o Conselho Nacional, com a agenda que entenderem. Do ponto de vista "formal", afirma Lobo Xavier, não há nenhuma ilegalidade ou irregularidade. E, portanto, diz "não acompanhar" as vozes que denunciam golpes de estado ou atropelos aos regulamentos do partido.
Por outro lado, o antigo líder parlamentar considera que "deve haver congresso, seria um erro grave que não houvesse", e que a escolha do novo líder dos centristas não deve ser "adiada".
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A escolha entre dois caminhos é legítima e saudável e o CDS deve apresentar-se a eleições com a questão da liderança já resolvida.
Mas, recorda, haja ou não haja congresso, os atuais órgãos dirigentes estão na plenitude das suas funções e não convém misturar formalidades com a substância.
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Lobo Xavier lembra ainda o papel do CDS na fundação da democracia e todos os momentos em que, por necessidades várias, foi necessário encurtar prazos e resolver questões internas com brevidade. Não vê com bons olhos as guerras internas dentro do partido, com trocas de acusações que de nada servem e que podem prejudicar a imagem do CDS perante o eleitorado.