Ministro português dos Negócios Estrangeiros saúda a forma "pacífica e segura" como os atores políticos da Guiné-Bissau estão a tratar das suas "divergências".
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Não foram registados problemas com os cerca de 2500 portugueses que vivem na Guiné-Bissau. O autoproclamado Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou este sábado que não há "nenhuma situação de golpe de Estado" no país e que não foi tomada nenhuma restrição dos direitos e liberdades dos cidadãos.
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Esta manhã, depois da cerimónia em que Nuno Nabiam assumiu funções como primeiro-ministro, depois de Aristides Gomes ter sido afastado, Umaro Sissoco Embaló apelou à calma e deixou uma mensagem de tranquilidade aos guineenses.
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A embaixada portuguesa no país transmitiu ao ministro Augusto Santos Silva que não há "intranquilidade nem qualquer cidadão ou cidadã portuguesa que tenha pedido qualquer espécie de ajuda".
Nas ruas "a situação está tranquila, não há nenhum problema de abastecimento e a ordem pública está assegurada", explica o governante português, saudando também a forma "pacífica e segura" como os atores políticos da Guiné-Bissau estão a tratar das suas "divergências".
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Questionado sobre se o que se passou no país é um golpe de Estado - como tinha avançado ontem Aristides Gomes, que foi esta manhã desmentido pelo autoproclamando Presidente guineense -, o ministro português explica que essa definição depende "do ponto de vista".
A evolução da situação está a ser seguida "atentamente" e quando for "oportuno", será tomada uma posição quantos aos acontecimentos das últimas horas na Guiné-Bissau.
"Por enquanto, a preocupação essencial é com a segurança das pessoas e com a ordem pública", garante Santos Silva.