"Não havendo aeroporto no Montijo, não há plano B. Temos de voltar a Alcochete"
No programa da TSF "Almoços Grátis", Carlos César reitera que Alcochete é a única alternativa viável ao Montijo, mas sublinha que não a vê como uma solução ideal.
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O presidente do PS defende que se o novo aeroporto nacional não for construído no Montijo, a solução que resta é Alcochete. As declarações de Carlos César surgem no programa de debate político semanal da TSF "Almoços Grátis" no dia em que o primeiro-ministro se encontrou, em São Bento, com seis presidentes de municípios afetados pela construção do aeroporto do Montijo.
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"Não havendo essa solução [o Montijo], não há plano B. Temos de voltar a Alcochete", considera Carlos César, acrescentando que Alcochete não é, na sua visão, a opção ideal: "Alcochete significa um calendário muito diferente, custos mais elevados e outros aspetos como, por exemplo, a transferência do atual campo de tiro, onde a força aérea manda bombas, faz esses treinos."
Sobre a eventual alteração à lei para que os municípios não tenham parecer vinculativo nesta matéria, o socialista sublinha que "se o interesse público for tão relevante que deva derrogar a norma regra, deve-se ter isso em conta".
André Coelho Lima: "PS faz de Calimero"
Também no programa "Almoços Grátis", o vice-presidente do PSD, André Coelho lima, acusa o PS de "sacudir a água do capote para o PSD" e de "chutar para quem não está a exercer o poder a responsabilidade de quem está a exercer o poder".
"O que o PS faz no papel de Calimero que já é habitual conhecermos ao Partido Socialista de António Costa é 'a culpa não é nossa'. O PS governa quase por osmose porque a culpa não é dele", acrescenta.
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Sobre a possível alteração legislativa, André Coelho Lima acredita que "isto nem é próprio de um estadista".
"Um estadista não chega a meio de um processo em que a lei se está a aplicar a alterar a própria lei. Até do ponto de vista da legalidade eu tenho muitas dúvidas sobre a possibilidade de, após uma pronúncia já das câmaras em sentido negativo para que foram notificadas, vir agora a alteração da lei a meio do processo", remata.