"Não houve pergunta nenhuma a que não respondesse." Azeredo Lopes interrogado
À saída do Tribunal de Monsanto, o ex-ministro da Defesa recusou revelar pormenores deste longo dia de interrogatório.
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Azeredo Lopes, ex-ministro da Defesa, foi interrogado esta segunda-feira, a seu pedido, na fase de instrução do processo de Tancos, no qual é acusado de denegação de justiça, prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário e abuso de poder. À saída do Tribunal de Monsanto ao final da tarde, depois de um longo dia de interrogatório, recusou revelar pormenores da audiência, mas o seu advogado, Germano Marques da Silva, garantiu aos jornalistas que o seu cliente respondeu a todas as perguntas.
"Ele está muito cansado. Não houve pergunta nenhuma a que não respondesse. Na minha opinião foi uma sessão demasiado longa. Se o senhor juiz e a senhora procuradora ficaram ou não satisfeitos, isso é outra coisa", explicou Germano Marques da Silva.
Já o ex-ministro, que depôs perante o juiz de instrução Carlos Alexandre com a convicção de que é "vítima de uma grave injustiça" e esperançoso de que o tribunal o reconheça, recusou revelar qualquer tipo de pormenor sobre o interrogatório desta segunda-feira.
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"Não vou referir nada. Não estou confiante nem deixo de estar confiante, não venho expressar estados de espírito aos senhores jornalistas. Disse que falaria perante as autoridades competentes e não falaria no espaço público", acrescentou Azeredo Lopes.
Recorde-se que o inquérito de Tancos investigou o furto, a 28 de junho de 2017, e as circunstâncias em que aconteceu a recuperação de grande parte do material militar, a 18 de outubro do mesmo ano.
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