Januário Torgal Ferreira lamenta o que diz ser a pouca ligação de Fátima ao mundo real e critica a tolerância de ponto que foi dada pelo governo aos funcionários públicos.
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O Estado é laico e a visita do papa, de menos de 24 horas, não devia justificar a tolerância de ponto que o governo deu à Função Pública no dia 12 de maio. É o que defende D. Januário Torgal Ferreira.
Em declarações à TSF, o bispo emérito das Forças Armadas disse no entanto acreditar que os reparos que têm sido feitos ao governo, por ter adotado esta medida, não vão chamuscar o primeiro-ministro que, adianta está a operar grandes mudanças em Portugal.
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Entrevistado pela jornalista Ana Sofia Freitas, D. Januário Torgal Ferreira deixou alguns reparos ao que disse ser a "religião de Fátima", doce demais para o bispo emérito das Forças Aramadas, e lamentou que Fátima não esteja mais ligada ao mundo das pessoas.
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O bispo emérito das Forças Armadas considera que a linguagem de Fátima deveria ser mais clara para os portugueses até porque quando se fala em aparição fala se numa visão interior.
"O que quero refutar é a materialidade. Não julguem que Nossa Senhora andou a fazer o pino aqui em Fátima. Não julguem que Nossa Senhor apareceu aqui a passear sobre águas, não!. Apareceu na consciência das pessoas. É uma visão da consciência", justificou o bispo.
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Também esta segunda-feira o bispo de Leiria-Fátima , entrevistado pela TSF, disse que as aparições devem ser vistas pelo olhar interior da fé. António Marto esclareceu também que nunca pediu ao governo que decretasse tolerância de ponto na sexta-feira. Tratando-se de um fim de semana, a medida era desnecessária, adiantou.