"Não nos estão a dar nada." Federação dos Transportes recusa apelo de Pinto Luz e greve mantém-se
A poucas horas do início da paralisação, Governo pede aos sindicatos para a desconvocarem. À TSF, a Fectrans garante que, para já, não voltam com a palavra atrás
Corpo do artigo
A Federação dos Sindicatos de Transportes (Fectrans) até admite, na TSF, reduzir o número de dias de paralisação, mas, para já, e apesar do apelo do governante Miguel Pinto Luz, a greve na CP marcada para os próximos dias vai manter-se.
A poucas horas do início dessa mesma greve, que vai prolongar-se até dia 14 deste mês, o ministro das Infraestruturas apelou aos sindicatos que cancelem a greve, que considera ser "vazia de objetivos". Miguel Pinto Luz pediu mesmo aos trabalhadores que façam "um verdadeiro exame de consciência", acrescentando que os "portugueses estão fartos".
Revelou ainda que o Governo apresentou uma proposta de aumentos salariais no valor de 5,75 milhões de euros, lamentando que não tenha havido abertura por parte dos sindicatos para negociar. Ouvido pela TSF, José Manuel Oliveira, da Fectrans, explica que o Executivo "não está a dar nada" aos trabalhadores, até porque essa era "uma questão que já estava arrumada e acordada". Assinala, por sua vez, que o que verdadeiramente falta são "outras garantias" sobre duas alíneas que continuam por cumprir e que estão dentro do acordo já feito.
Quanto ao pedido feito pelo ministro das Infraestruturas, para já, a paralisação é para continuar, no entanto, José Manuel Oliveira admite existir "disponibilidade" para diminuir os dias de greve. O dirigente espera também respostas à altura da parte do Governo.
