"Não nos revemos." Caldas da Rainha descontente com novo Hospital do Oeste no Bombarral
Em declarações à TSF, Vítor Marques afirma que a proposta das Caldas da Rainha continua válida.
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O presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques, revelou esta terça-feira o seu desagrado com o anúncio feito pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, sobre a construção do novo Hospital do Oeste na Quinta do Falcão, no Bombarral, num prazo estimado de cinco anos.
Para o autarca, esta "não é a decisão certa" porque não foram contempladas "as necessidades que existem em Rio Maior" e "a questão do investimento, que vai ser um investimento de 250 milhões de euros".
Vítor Marques lembra que o investimento previsto não contempla outros territórios, "nomeadamente a norte, Alcobaça e Rio Maior, que têm hospitais que também já não dão resposta". O edil diz ter "dúvidas, muitas dúvidas" sobre se sobraria capacidade para investir o montante necessário nestes hospitais, que também "precisam de obras ou de ser ampliados".
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"Continuamos a achar que a nossa proposta era aquela que tinha mais credibilidade naquilo que era uma melhor resposta para o território. Não foi, para já, esse o entendimento do senhor ministro e fez hoje [terça-feira] de facto a apresentação à comunidade intermunicipal e depois já à comunicação social, de que seria esse o caminho. Não nos revemos e com certeza que iremos apresentar, e já o fizemos, e reafirmar a posição que tomámos anteriormente em relação a isso", revela o autarca, em declarações à TSF.
A decisão, comunicada esta terça-feira aos 12 municípios do Oeste "não é unânime", mas é aquela que o Ministério da Saúde considerou a ideal dada a localização "no centro geográfico da região, com uma belíssima acessibilidade rodoviária, a dois minutos da Autoestrada 8 e a menos de quatro minutos de uma estação de caminho de ferro", explicou Pizarro.
"Não há nenhuma dúvida de que a população do Oeste merece um hospital muito mais diferenciado e de muito maior dimensão", disse o governante, nas Caldas da Rainha, onde anunciou a escolha da Quinta do Falcão, no Bombarral, distrito de Leiria, como a melhor localização para a nova unidade hospitalar.
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"Também a tipologia do hospital foi apresentada e com a qual nos revemos, dá um conjunto de respostas bastante satisfatório, muito boas mesmo, das necessidades de saúde para a região, não contemplando todas as respostas, mas pronto, estamos a falar de um hospital que não é central, acaba por ter uma oferta já muito grande, portanto foi aparentemente uma resposta por parte do senhor ministro que será aquela que realmente pretende lançar um concurso, ver a tipologia do investimento e que, segundo palavras dele, gostaria que estivesse pronto daqui a cinco anos. Nós tememos que não seja assim", sublinha o autarca.
O ministro da Saúde remeteu para o outono uma decisão sobre o modelo contratual do Hospital do Oeste, que pode ser uma parceria público-privada.