"Não nos surpreende." Há 60 pessoas a aguardar resposta ao pedido de asilo no aeroporto de Lisboa
O dirigente do Sindicato da Carreira de Investigação do SEF destaca, na TSF, que o organismo "alertou várias vezes para esta questão".
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Há 60 pessoas que estão à espera de uma resposta ao pedido de asilo no aeroporto de Lisboa, sendo que 13 dormem na zona internacional, em colchões, sem quaisquer condições de higiene.
A situação foi denunciada esta quarta-feira pela própria PSP.
O dirigente do Sindicato da Carreira de Investigação do SEF, que em breve passará a ser Sindicato do Pessoal de Investigação da PJ, afirma que não foi por falta de alerta que esta situação ocorreu.
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"Não quero fazer comentários acerca disso, uma vez que não é uma competência dos funcionários que o meu sindicato representa, no entanto, o que podemos dizer é que, a ser verdade essas notícias que são veiculadas na comunicação social, podemos dizer que o sindicato alertou várias vezes para esta questão e não nos surpreende que isto esteja a acontecer, no entanto, foi tomada uma opção política que nós respeitámos", explica Rui Paiva, em declarações à TSF.
Rui Paiva garante ainda que quando foi o SEF a liderar o processo de asilo nunca houve qualquer cidadão obrigado a dormir na área internacional do aeroporto de Lisboa.
"Posso garantir de tudo o que sei que, quando o SEF era responsável por essa área, nunca nenhum requerente de asilo dormiu na zona internacional do aeroporto de Lisboa", assegura.
A TSF questionou esta manhã o Ministério da Administração Interna e, até agora, não obteve qualquer resposta.
Sem comentar as denúncias de caos na zona reservada aos que pedem asilo a Portugal, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo adianta ao DN que desde 29 de outubro recebeu 93 pedidos de asilo no aeroporto de Lisboa.