"Não podemos ficar pelas vacinas." Continua a procura por um tratamento eficaz
Infecciologista Fernando Maltez explica que medicamentos apontados como promissores no combate aos sintomas de Covid-19 ainda estão "em fase experimental".
Corpo do artigo
Apesar de já existirem vacinas contra a Covid-19, é essencial continuar a investigar potenciais medicamentos para tratar doentes infetados pelo coronavírus, defende o infecciologista Fernando Maltez.
"Não podemos ficar pelas vacinas. O ideal é que existisse também um tratamento eficaz sobre os infetados", disse o diretor do Serviço de Infecciologia do Hospital Curry Cabral, em declarações à TSF.
Há milhões de pessoas infetadas em todo o mundo, e muitos doentes vão desenvolver um quadro de "covid crónico", acrescenta, não se sabendo quanto tempo se podem prolongar no tempo as sequelas da doença.
TSF\audio\2021\02\noticias\05\fernando_maltez_2_n_podemos_ficar_plas_vacinas
Sobre os vários medicamentos apontados como promissores no combate aos sintomas de infeção pelo coronavírus, como a Plitidepsina e a Colquicina, Fernando Maltez lembra que nenhum está aprovado, todos estão ainda "em fase experimental".
O único fármaco até agora autorizado pelo Comité de Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para o tratamento da Covid-19 foi o antiviral Remdesivir, e o único que "mostrou eficácia terapêutica sem margem para dúvidas" foi a dexametasona, um medicamento corticosteroide indicado como opção de tratamento para os doentes que requerem terapia suplementar com oxigénio ou necessitam de suporte ventilatório.
13318128