"Não podemos ficar por aqui." Movimento por São Pedro da Cova exige requalificação de terrenos
Um dos responsáveis pelo movimento lamenta que um dos maiores crimes ambientais no país termine sem culpados.
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São Pedro da Cova fica, esta quarta-feira, em definitivo sem os resíduos perigosos depositados nas antigas minas. Ivo Capas, do movimento que sempre protestou contra estes resíduos, fica agora mais tranquilo. No entanto, quer mais. Pede uma requalificação desta zona das minas.
"Não podemos ficar por aqui. Os solos não estão contaminados, mas existe uma devastação e desconfiguração estética da paisagem brutal e que merece ser requalificada. A população, quando vem exigir a remoção de resíduos, vem também exigir uma requalificação do espaço e, neste caso, a Câmara Municipal terá obviamente de avançar com um projeto de requalificação do espaço. São mais de 20 anos de remoção", sublinhou à TSF Ivo Capas.
Ivo Capas lamenta também que um dos maiores crimes ambientais no país termine sem culpados.
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"A população foi vítima de um dos maiores problemas ambientais do nosso país e que merece, efetivamente, ser ressarcida deste crime ambiental que, aparentemente, por estranho que pareça, não tem qualquer tipo de responsabilidade política ou civil. Não temos responsáveis políticos nem criminais e a população não consegue ver de que forma será ressarcida. Não há nenhum projeto apresentado", afirmou.
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Este processo chegou a ter seis arguidos, todos absolvidos. O Ministério Público recorreu, mas o processo acabou por prescrever.
Para tranquilizar a população, António Cunha, presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte, assegurou à população que pode estar tranquila. Os terrenos não representam qualquer perigo.
"Foram feitos estudos de avaliação do nível de contaminação do terreno, estudos feitos pela APA e que nos levam a crer que o terreno está totalmente descontaminado e não há perigo para as populações", acrescentou António Cunha.
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