Já estava preparado todo o circuito em termos de isolamento para o doente mas, entretanto, mais resultados revelaram-se negativos para o vírus do ébola.
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O diretor-geral da Saúde assegurou hoje que Portugal está preparado para lidar com um eventual caso de ébola que chegue ao país, indicando que já todas as regiões têm indicação de como proceder.
Um caso suspeito de vírus do ébola, num português que esteve recentemente na Libéria, foi registado em Portugal nos últimos dias, mas as análises laboratoriais afastaram já essa hipótese, tinha garantido hoje à Lusa o diretor-geral da Saúde.
«Foi a única situação portuguesa que impôs estudos especializados», adiantou Francisco George, acrescentando que, em conjunto com o INEM, já estava a ser preparado todo o circuito em termos de isolamento para o doente.
Mas, entretanto mais resultados revelaram-se negativos para o vírus do ébola. O cidadão português tinha estado na Libéria, um dos países com casos suspeitos de febre hemorrágica, alguns mortais, com contaminações originárias da Guiné Conacri, onde o surto do vírus ébola já fez 86 vítimas mortais.
De acordo com Francisco George, a preocupação das autoridades «tem a ver com a facilidade de viagens" de países como a Guiné ou a Libéria : "Em pouco menos de quatro horas um cidadão pode estar em Lisboa. É necessário criar medidas de urgência para impedir a atividade do vírus a partir de um eventual caso que tenha chegado. E estamos preparados. Há um plano para tal e que é ativado quando for necessário».
O vírus ébola, que surgiu pela primeira vez em 1976, no Zaire [atual República Democrática do Congo] e no Sudão, é transmissível por contacto direto com o sangue, fluidos e tecidos corporais de pessoas ou animais infetados.