"Não se perspetivam melhorias." Novo site das Finanças continua com dificuldades
Em declarações à TSF, Ana Gamboa, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, considera que "apesar de na administração pública se estar a tentar implementar o simplex, na Autoridade Tributária e Aduaneira, aparenta estar a implementar-se o complex."
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Não "se perspetivam melhorias" nos serviços das Finanças. Após denúncias de "caos" no serviço esta segunda-feira, devido à entrada em vigor de uma nova página informática, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), Ana Gamboa, revelou que as dificuldades se mantiveram na terça-feira ao longo do dia.
"Independentemente de os problemas técnicos poderem ser solucionados, o que se trata é de uma aplicação que torna o trabalho ainda mais complexo e burocrático", explica, "e isto está a gerar um sentimento de revolta e de frustração muito grande nos trabalhadores, que sentem que, apesar de na administração pública se estar a tentar implementar o simplex, na Autoridade Tributária e Aduaneira, aparenta estar a implementar-se o complex."
Em declarações à TSF, Ana Gamboa considera que, o que faz "mesmo falta" para contrariar a situação é "renovar os equipamentos informáticos" porque estão "completamente desatualizados" e "não tornar o acesso ao sistema mais complexo do que já é."
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"Vive-se, desde o início da tarde de hoje [segunda-feira], um verdadeiro caos nos serviços da Autoridade Tributária (AT) com paragens efetivas de serviço, fruto da entrada em vigor de uma nova página informática de aplicações e alterações aos mecanismos de contextualização", avançou o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) em comunicado, esta segunda-feira.
Segundo avançou o sindicato, "tendo em conta o ambiente de extrema carência de efetivos e de meios que se vive na AT" o incidente informático gerado esta segunda-feira poderia prolongar-se "nos próximos dias".
Para o STI, "houve mais uma vez falta de planeamento na decisão de entrada e vigor dos novos produtos informáticos, sobretudo pelo facto de o lançamento ser feito numa altura de maior pressão nos serviços" num mês em que "há muitos funcionários em pleno gozo de férias, a somar à já existente escassez de recursos humanos".
O sindicato defendeu que as alterações "deveriam ter sido testadas primeiro em experiências piloto em vez de se determinar a sua aplicação em todos os serviços da AT, bloqueando desta forma um país inteiro".