"Não temo nada." Montenegro nega sentir-se condicionado politicamente por inquérito da PGR
O líder do PSD assegura estar legalmente "blindado" no processo que levou a PGR a abrir um inquérito, por alegados benefícios indevidos nas obras de uma casa em Espinho.
Corpo do artigo
Luís Montenegro garante que não recebeu qualquer benefício indevido, no processo de construção da casa que tem em Espinho e que levou à abertura de uma investigação pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Em causa estão suspeitas de ilegalidade em vantagens fiscais, mas, este sábado, o presidente do PSD assegurou estar legalmente "blindado", afirmando ainda não se sentir condicionado politicamente.
"Não pedi nem aceitaria qualquer benefício indevido", declarou Luís Montenegro, em conferência de imprensa, na sede do PSD no Porto.
O líder social-democrata alega que cumpriu todas as regras fiscais e da reabilitação urbana, obtendo as mesmas vantagens que tiveram muitos outros cidadãos na mesma situação.
"Repudio todas as insinuações que se fazem na praça pública e fora dela sobre custos e pagamentos", referiu Luís Montenegro, a propósito da habitação que reconstruiu em Espinho. "São especulações absurdas que nascem na obscuridade de interesses que lidam mal com a minha liberdade."
"Não há nada anormal nem nada mal explicado neste processo", assegurou, declarando-se até satisfeito com a abertura de uma investigação. "Esta é uma oportunidade de tirar de cima de mim e da minha família um peso incrível", acrescentou. "Ainda bem que o Ministério Público abriu um inquérito e ainda bem que a Justiça vai tomar uma posição sobre a minha conduta."
Luís Montenegro diz aina confiar em pleno na Justiça e estar disponível para mostrar todas as provas de que é inocente.
"Não devo nada a ninguém. Não temo nada", reafirmou, notando que toda a documentação sobre as obras da habitação em causa será "disponibilizada às autoridades competentes se e quando solicitarem". "Estou disponível para fazê-lo já!", frisou.
E quanto às consequências políticas a tirar deste caso, Montenegro afasta-as. "Não me sinto nada, mas mesmo nada, condicionado na minha liberdade para exercer as funções políticas que hoje desempenho", garantiu.
"Não vacilo um segundo na caminhada que nos leva ao encontro dos portugueses e nos levará também a uma expressiva vitória nas eleições de 10 de março", declarou, afirmando-se concnetrado na campanha eleitoral e jurando não voltar a falar sobre este caso até ao final do inquérito judicial.