"Não vemos nada. Está proibido." Cidadãos israelitas afetados pela censura do Governo manifestam-se em várias cidades europeias
Liad Hollander, uma israelita a viver em Lisboa, conta à TSF que as imagens do que acontece em Gaza não passam nas televisões de Israel. A manifestação em Lisboa acontece às 12h00 desta terça-feira, em frente ao Parlamento
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"Salvem-nos de nós mesmos" é o apelo que chega de cidadãos israelitas para acabar com a chacina em Gaza. O movimento mundial vai manifestar-se em várias cidades da Europa, incluindo em Lisboa, esta terça-feira à tarde frente ao Parlamento.
São milhares de israelitas que pedem aos líderes mundiais que vão além das condenações verbais e façam real pressão sobre o Governo de Telavive, para salvar a cada vez mais remota hipótese de paz na região. Os cidadãos pedem o fim do comércio com Israel, sobretudo o fim da venda de armas.
Liad Hollander, uma israelita a viver em Lisboa, conta à TSF que as imagens do que acontece em Gaza não passam nas televisões de Israel. Além da censura do Governo, também o facto de a maioria da população ler hebraico e um sentimento de lealdade impede muitos cidadãos de Israel de irem mais longe para afastar o Executivo.
Liad Hollander acredita, por isso, que a paz só pode ser imposta a partir do exterior, com uma verdadeira pressão internacional.
O movimento de israelitas pede o fim do acordo de associação comercial com Israel e, sobretudo, a suspensão de qualquer parceria ou acordo com o Governo de Telavive, até que a paz fale mais alto. A manifestação em Lisboa acontece às 12h00 desta terça-feira, em frente ao Parlamento.