"Não é para voltar ao porto." Navio Mário Ruivo regressa às águas portuguesas
Ministro do Mar anunciou que o navio de investigação "vai para o mar e não é para voltar ao porto".
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O Navio Mário Ruivo, que tem o nome do biólogo português pioneiro na defesa dos oceanos e da investigação científica no mar", vai para o mar no dia 17 de novembro. O anúncio foi feito pelo ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, na Comissão de Orçamento e Finanças.
O governante atribui o mérito a "todos os que se empenharam no projeto" e deixou claro, após uma interpelação do deputado João Dias, do PCP, que não há dúvidas de que este navio vai estar nas águas portuguesas em breve: "É difícil acreditar o quê, senhor deputado? Então o navio não vai para o mar agora? O navio vai para o mar porque só o quis dizer no momento em que tinha a certeza e vai para o mar não é para voltar para o porto, é para fazer o trabalho."
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Sobre o mar, o Orçamento e os objetivos para os próximos anos, o ministro dirigiu-se diretamente aos deputados presentes na comissão com um desabafo em jeito de apelo: "Falem do mar nas outras comissões, o meu entendimento é que o orçamento do Ministério do Mar é diminuto para a grande dimensão que queremos dar."
Em resposta à deputada social-democrata Catarina Rocha Ferreira, que acusa o Governo de ter "desistido do mar" e de "a economia do mar deixou de ser relevante a nível político", o ministro Serrão Santos referiu "que a fotografia que faz do mar e da economia do mar é pessimista", assegurando que o Governo não acompanha essa forma de olhar para o mar.
Ana Passos, do PS, saiu em defesa do ministro com um ataque ao PSD em que acusou o partido de não ter um Ministério do Mar durante a governação.
Durante a audição, e após a intervenção do PAN, o ministro do Mar revelou que o Governo está atento a problemas como as alterações climáticas e o lixo nos mares e reforçou que "temos de pensar em como recuperamos o oceano, porque não podemos ter economia sem um oceano recuperado".
Entre os objetivos do Ministério do Mar está um acordo com os voluntários que limpam praias, já que, na opinião do Governante, estes setores de voluntariado "permitem ter dados de monitorização que podiam ser úteis".
Depois de questionado por Inês Sousa Real, o ministro aponta para outras direções, dizendo que "as reformas têm de ser feitas nas cidades, na circulação entre cidades, nos transportes" e "no mar continuar a contribuir para as energias renováveis e para se mudar o paradigma como utilizamos a energia".