"Necessidades da população não seriam acauteladas com renovação da PPP", diz ministra
A ministra da Saúde garantiu que a não renovação da parceria público-privada em Vila Franca de Xira não está relacionada com as denúncias de internamentos nas casas de banho e no refeitório do hospital. Marta Temido diz, no entanto, que a decisão visa melhorar o serviço à população.
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A ministra Marta Temido negou que o anúncio da não renovação da parceria público-privada (PPP) do Hospital de Vila Franca de Xira esteja relacionado com o recente relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) sobre as condições naquela unidade.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo anunciou, este sábado, ter comunicado à entidade gestora do Hospital de Vila Franca não renovação do contrato de gestão desta Parceria Público-Privada. O contrato de vigência desta PPP termina a 31 de maio de 2021 e estava em causa a sua renovação por 10 anos, acrescentou.
O Hospital de Vila Franca de Xira é gerido, em regime de parceria público-privada, pela Escala Vila Franca Sociedade Gestora do Estabelecimento - cujo principal acionista é o grupo José de Mello Saúde.
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Questionada pela TSF sobre se a decisão foi motivada pelas denúncias da ERS da existência de doentes internados nas casas de banho e no refeitório do hospital, a resposta da ministra da Saúde foi negativa.
"Não", respondeu a ministra. "Era uma decisão que tinha como prazo a data de ontem [sexta-feira] (...), mas que decorre dos termos contratuais", declarou.
À TSF, a ministra Marta Temido adiantou que a não renovação se deve ao aumento do volume
"Entendeu-se que, face àquilo que é hoje o perfil de necessidades da população servida pelo Hospital de Vila Franca de Xira, quer em termos de patologias quer em termos de volume de doentes que precisam de ser assistidos naquela unidade, há reconfigurações que são de tal modo importantes que não seriam acauteladas com uma renovação da pareceria, daí a opção de não renovar", justificou.
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