Numa época balnear "atípica", o responsável pela Autoridade Marítima promete meios no terreno, em especial em praias antes não vigiadas. Garante também articulação com PSP sem que haja "praias cheias de polícias".
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Encerrar praias será sempre a última medida a tomar e só avançaria "se houvesse um desrespeito geral das regras que temos que cumprir", considerou, esta terça-feira, no Parlamento, o comandante-geral da Polícia Marítima (PM).
"Ninguém quer ver uma praia encerrada e isto parte primeiro do comportamento de todos nós", afirmou o vice-almirante Luís Carlos de Sousa Pereira, ouvido na comissão parlamentar de Defesa Nacional.
O responsável pela PM considerou que os portugueses "têm demonstrado uma responsabilidade cívica muito grande" e mostrou-se convicto de que, durante a próxima época balnear, não irá ocorrer uma situação em que se coloque a situação do encerramento de uma praia.
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"Devemos ter isso previsto, mas julgo que será algo que nenhum de nós quer ver acontecer e muito menos a Autoridade Marítima", sublinhou o vice-almirante Sousa Pereira.
A Autoridade Marítima promete atenção sobretudo a praias normalmente não vigiadas, com um sistema de monitorização que permite saber "em tempo real" qual a carga das praias e fazer um "reforço de pessoal", se for necessário.
"À medida que vamos vendo que há mais pessoas nessas praias, podemos deslocar pessoal do programa de vigilância apeada", descreveu o diretor-geral da Autoridade Marítima e comandante-geral da PM.
Questionado sobre o último fim de semana, quando as temperaturas elevadas levaram muita gente à praia, o vice-almirante Sousa Pereira considerou "o balanço bastante positivo", à exceção do incidente na praia de Carcavelos, onde uma rixa terminou com o esfaqueamento na perna de um jovem. Também neste caso houve "articulação" com a PSP, garantiu o responsável pela Polícia Marítima.
"Ninguém quer ter em Portugal a praia cheia de polícias, como é óbvio. O que nós queremos é ter a capacidade de auxiliar as pessoas que estão na praia", explicou o vice-almirante Sousa Pereira.
A "atitude informativa" que a Polícia Marítima quer aplicar no terreno passa por garantir a aplicação das novas regras de acesso e utilização das praias, que proíbem, por exemplo, os jogos com bola e raquete.
"Há muita gente que não sabe que não pode fazer. Detetamos algumas situações dessas. Eu confesso que não ficamos com as bolas nem com as raquetes", explicou, no Parlamento, o responsável pela Polícia Marítima.
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