Nível de água nas barragens algarvias continua a diminuir. Odelouca tem "14% da capacidade"
Teresa Fernandes explica à TSF que devido ao "aumento dos consumos associados a esta altura típica que é o verão", as barragens não estão nas condições que seriam "desejadas".
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O Algarve é a região que mais está a sofrer com a seca, com as principais barragens nesta altura com níveis muito baixos de água. A porta-voz da empresa Águas do Algarve salienta que a principal albufeira da região, Odelouca, está apenas com "14% da sua capacidade total".
"Temos Odelouca, por exemplo, na zona do barlavento algarvio, que é a nossa maior origem, que está a 14% da sua capacidade total", adianta Teresa Fernandes, em declarações à TSF.
A porta-voz revela que o mesmo cenário é replicado no sotavento, com as barragens de Odeleite e Beliche a totalizarem 28 e 25% da sua capacidade total, respetivamente, um valor que "tem vindo a diminuir, não só devido ao calor, mas também pelos consumos que se têm vindo a fazer sentir".
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Teresa Fernandes explica, assim, que devido ao "aumento dos consumos associados a esta altura típica que é o verão", as barragens não estão nas condições que seriam "desejadas".
A gestão das águas é feita de forma diária e a porta-voz da empresa Águas do Algarve sublinha que com a chegada de setembro se aproxima "um novo ano hidrológico", que permite obter "alguma segurança e alguma tranquilidade" em relação àquilo que será o próximo ano. No entanto, "este foi um ano extremamente seco", pelo que a chuva seria "necessária" para os próximos meses.
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"Praticamente não choveu na região do Algarve e seria necessário termos água para atender àquilo que são os consumos do próximo ano, essencialmente no início do ano", defende.
Teresa Fernandes mantém a esperança de que os dias chuvosos regressem no outono e inverno, uma expectativa que não se verificou no ano passado.
Sobre a eventual necessidade de transvasar água de alguma barragem do sotavento para o barlavento, a porta-voz destaca que existe "uma estação elevatória reversível em Loulé", que serve "precisamente para isso".
"Essa transferência faz-se aquando a necessidade - nós temos uma gestão muito criteriosa daquilo que são a gestão das nossas origens - e sempre que necessário, essa transferência é efetuada. Se virmos que é necessário, faz-se com certeza", ressalva.