A Academia Sueca distinguiu o canadiano Arthur B. McDonald, da Universidade Queens, e o japonês Tataaki Kajita, da Universidade de Tóquio, com o Nobel da Física de 2015.
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Os dois físicos foram distinguidos pelos seus trabalhos sobre os neutrinos, partículas elementares. Os dois cientistas descobriram que os neutrinos, que são partículas cósmicas, têm massa
O júri da Real Academia de Ciências Sueca distinguiu as descobertas de Kajita e McDonald quanto "às oscilações dos neutrinos", uma descoberta que permite compreender o funcionamento interno da matéria e, dessa forma, conhecer melhor o universo.
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"A descoberta levou à conclusão, de considerável alcance, de que os neutrinos, durante muito tempo considerados como não tendo massa, devem ter uma massa, embora pequena", escreveu o júri, congratulando-se com a "descoberta histórica".
Os neutrinos resultam de reações nucleares e, juntamente com os protões, são as partículas mais abundantes no universo. A sua existência foi pela primeira vez referida em 1930, mas só foi provada nos anos 1950, quando os reatores nucleares começaram a produzir feixes de partículas.
A teoria prevalecente era que os neutrinos não tinham massa, mas as experiências realizadas por Kajita, no Japão, e McDonald, no Canadá, demonstraram que têm.
Os dois cientistas descobriram que muitos neutrinos que se deslocam do Sol para a Terra - neutrinos eletrões - "oscilaram" e transformaram-se em partículas diferentes, o que implica, segundo as regras da física quântica, que tenham massa.
Takaaki Kajita nasceu em 1959 em Higashimatsuyama, no Japão, e doutorou-se em 1986 pela Universidade de Tóquio, onde é professor catedrático e dirige o Instituto de Investigação de Raios Cósmicos.
Arthur B. McDonald nasceu em 1943 em Sydney, no Canadá, doutorou-se em 1969 no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena (Estados Unidos) e é catedrático emérito da Universidade de Queen's, em Kingston, no Canadá.