As palavras são do porta-voz da Liga Tunisina dos Direitos Humanos. À TSF ele reconhece que a distinção da academia sueca acontece num momento muito importante para o país.
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A notícia foi recebida como um "cadeau", um presente em português.
Foi desta forma que o porta-voz da Liga Tunisina dos Direitos Humanos cpmeçou por comentar a notícia que chegara poucas horas antes.
O Comité Nobel da Noruega decidiu, este ano, atribuir o galardão da Paz ao Quarteto para o Diálogo Nacional da Tunísia, composto por representantes dos patrões, sindicatos, ordem dos advogados e liga dos direitos humanos.
O porta-voz da Liga Tunisina dos Direitos Humanos referiu à TSF que o prémio "é um reconhecimento internacional muito importante para a intensificação da democracia na Tunísia. Sobretudo porque acontece num momento muito importante e, ao mesmo tempo, muito crítico, já que a Tunísia atravessa, neste momento, uma crise económica. Há, também, um défice de segurança. Os extremistas estão a tentar fazer cair o regime. Por isso penso que esta distinção pode ajudar-nos a continuar o combate em defesa da construção da democracia no mundo árabe. Pode também ajudar-nos a influenciar outros países e mostrar-lhes que a primavera árabe não está morta. Pode, ainda, ajudar outros países a ter uma base democrática sólida, tendo como exemplo a Tunísia".
À pergunta de que forma pode este prémio servir de incentivo ou contributo positivo, o porta-voz da liga aposta na continuidade. "O caminho deste organismo na Tunísia é longo e é para continuar para que o regime democrático sobreviva a todas as ameaças. A Liga Tunisina dos Direitos Humanos é a organização mais antiga do mundo árabe. Penso que ela teve um papel importante na luta contra a ditadura e agora deve continuar a contribuir nos esforços pelo reforço da democracia na Tunísia. Ao mesmo tempo devemos garantir que essa democracia não deve entrar em contradição com os fundamentos dos direitos humanos".