Fernando Nobre faz saber, em entrevista ao Expresso, que se não for eleito presidente da Assembleia da República renuncia ao mandato de deputado.
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Em entrevista ao Expresso deste sábado, o ex-candidato na corrida a Belém garante que nunca tinha pensado em ser cabeça de lista por Lisboa com o único objectivo de chegar a presidente da Assembleia da República, mas entende que a situação do país está a agravar-se de dia para dia e, por isso, não podia ficar de braços cruzados.
Fernando Nobre revela que depois de conversar com o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que considera um «homem de bem», chegou à conclusão que estavam de acordo nas questões vitais, sobretudo as que estão ligadas à pobreza e à exclusão social.
Numa entrevista de nove perguntas, o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) diz que caso não seja eleito presidente da Assembleia da República renúncia «de imediato» ao mandato de deputado pelo PSD.
O médico confessa que ainda não viu o programa eleitoral do PSD, mas demonstra que já pensou nas linhas de uma acção parlamentar.
Se chegar a "número dois" da hierarquia do Estado, Fernando Nobre promete tentar dar o exemplo na redução de despesas, procurar ver noutros parlamentos de que forma a Assembleia da República se pode aproximar dos cidadãos e ainda trabalhar para que o Parlamento tenha uma imagem de ética e transparência total.
Na reacção às críticas que se multiplicaram depois de ter sido apresentado como candidato pelo PSD, o presidente da AMI diz que não aceita que antigos apoiantes queiram ser donos do seu destino e cita Gandhi para dizer que só quem não procura a verdade é que não muda de opinião.
Na entrevista, garante que vai continuar a ser independente e esclarece ainda que aceitou a proposta porque assim poderá exercer uma «acção marcante».
Mesmo que os presidentes da Assembleia da República não sejam conhecidos por marcarem a agenda politica, Nobre assegura que vai fazê-lo à sua maneira.