Noite de Santo António: apesar da greve, Carris vai ser gratuita a partir das 18h00
A informação é avançada à TSF pelo presidente da câmara municipal de Lisboa, Carlos Moedas
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A Carris vai ser gratuita, esta quinta-feira, a partir das 18h00. A informação é avançada à TSF pelo presidente da câmara municipal de Lisboa, Carlos Moedas. A empresa municipal de autocarros está em greve, que, ainda assim, tem tido pouca adesão, e o Metro de Lisboa tem um plenário agendado para esta noite. Por isso, sublinha o líder do executivo lisboeta, quem quiser participar nesta noite de Santo António, poderá utilizar a Carris de forma gratuita.
"A única maneira que eu tenho aqui de contornar o problema é dizer aos lisboetas que hoje à noite, a partir das 18h00, a Carris vai ser gratuita. Obviamente na Carris também estamos com uma greve, mas a greve tem estado à volta dos 40%, portanto, há muitos autocarros a circular. Vamos tentar reforçar o mais possível dentro daquilo que é o direito à greve, mas como temos esta capacidade, pelo menos até agora, com 60% em funcionamento, é uma maneira para que os lisboetas à noite não tenham de estar a pensar se entram ou não entram no autocarro", explica à TSF Carlos Moedas.
Numa nota entretanto divulgada pela Câmara de Lisboa, o município refere que "a utilização dos autocarros da Carris será gratuita a partir das 18h00 e até as 08h00 da manhã de sexta-feira".
A adesão à greve dos trabalhadores da transportadora rodoviária Carris, que opera em Lisboa, era até às 10h00 desta quinta-feira na ordem dos 15%, representando uma supressão de 38% do serviço, disse à agência Lusa fonte da empresa.
"A Carris irá continuar a monitorizar os dados desta greve e fará todos os esforços com vista a minorar os inconvenientes da perturbação do serviço, lamentando os incómodos causados aos clientes", refere a transportadora numa nota enviada à Lusa.
Já o Metropolitano de Lisboa anunciou na quarta-feira que vai suspender a circulação e encerrar todas as estações a partir das 20h00 desta quinta-feira devido ao plenário dos trabalhadores, considerando a iniciativa dos sindicatos - marcada das 21h15 às 02h30 de sexta-feira - "inédita e inusitada".
Depois de uma primeira semana com paralisações parciais, os trabalhadores da Carris voltaram esta quinta-feira aos protestos com uma greve durante 24 horas - todo o período de trabalho -, reivindicando a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, já a concretizar-se em 2025. Os serviços mínimos foram decretados por um tribunal arbitral.
Além de serem obrigatórios serviços como o transporte exclusivo de deficientes ou os postos médicos da empresa, têm de funcionar “em 50% do seu regime normal” as carreiras 703, 708, 717, 726, 735, 736, 738, 751, 755, 758, 760 e 767.
A Carris está sob gestão da Câmara Municipal de Lisboa desde 2017 e os trabalhadores são representados por várias estruturas sindicais, como o SNMOT, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos (STRUP), o Sitra - Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, o Sitese - Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços e o ASPTC - Associação Sindical dos Trabalhadores da Carris e Participadas.
