Noite de "violência única", mas "cidade está a funcionar". Depressão Martinho faz seis feridos em Lisboa
A autarquia garante estar a trabalhar para que tudo volte à normalidade na cidade
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Após a noite de intempérie, o presidente da Câmara de Lisboa adianta que ainda há estradas condicionadas, mas "a cidade está a funcionar". A chuva e ventos fortes fizeram seis feridos.
Em declarações aos jornalistas, o autarca esclarece que "são ferimentos não muito graves" e que entre os feridos estão bombeiros, munícipes e um polícia.
[Foi] uma noite difícil para a cidade, com um vento de uma violência que não se via há muito tempo. Nós estamos a falar de ventos de 120 quilómetros por hora, as pessoas que aqui trabalham, todos estes bombeiros, toda esta Polícia Municipal e a Proteção Civil, há muitos anos que não viam isto na cidade, mas respondemos bem, respondemos com rapidez.
Carlos Moedas destaca a "violência única" desta quarta-feira à noite, em Lisboa, mas sublinha que "a cidade está a funcionar" e as autoridades estão a trabalhar para que volte tudo à normalidade.
No balanço desta quinta-feira de manhã, Carlos Moedas refere que há "22 estradas constrangidas" e o elétrico 15 está sem funcionar. Questionado sobre a linha de Cascais, não tem novidades.
"Pedimos às pessoas que reportem todos os casos. É muito importante reportar para que tenhamos esse registo. Ainda vamos ter dias pela frente aqui difíceis para pôr tudo na sua normalidade", diz.
Nas próximas horas, de acordo com Moedas, nem o Instituto Português do MAR e da Atmosfera (IPMA) nem a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) esperam fenómenos extremos de vento, mas a continuação de tempo chuvoso, "embora nada preocupante".
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), mais de quatro mil ocorrências relacionadas com o temporal foram registadas em Portugal continental entre a meia-noite de quarta-feira e as 07h00 desta quinta-feira, a maioria quedas de árvores e estruturas.
Portugal está sob efeito da depressão Martinho, que obrigou a avisos meteorológicos amarelos e laranja (o segundo mais grave numa escala de três) quanto a vento, chuva e agitação marítima fortes.