Proteção Civil regista 71 ocorrências. Noite em Lisboa e Setúbal com trabalhos de limpeza
A Proteção Civil e o IPMA estão em "contacto permanente" para antecipar medidas, caso isso se justifique.
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A noite foi relativamente calma, sem grandes problemas, e ainda com muita atividade de limpezas. O número de ocorrências não foi significativo, mas os distritos de Lisboa e Setúbal continuam a ser os mais afetados. À TSF, o comandante da Autoridade Nacional da Proteção Civil explica que grande parte das ocorrências da última noite estão relacionadas com trabalhos de limpeza e manutenção da via pública.
"Em relação às condições meteorológicas, a noite foi relativamente calma, existiram 71 ocorrências relacionadas com as intempéries, sendo que uma grande parte delas foram pequenas inundações, mas o número também não é considerável. Os distritos que foram mais afetados, no acumulado, continuam a ser Lisboa e Setúbal, em que uma grande parte das ocorrências ainda estão relacionadas com a limpeza e a manutenção das condições de circulação", explica à TSF Elísio Pereira.
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Para as próximas horas, as previsões do IPMA não inspiram preocupação à Autoridade Nacional da Proteção Civil, mas o comandante Elísio Pereira garante que o IPMA e a Proteção Civil estão em permanente contacto, caso seja necessário antecipar medidas.
"Espera-se uma melhoria considerável do tempo e vamos esperar que a normalidade das zonas que foram anteriormente afetadas retorne rapidamente. Estamos em contacto permanente para tentar antecipar algumas medidas, neste momento não se prevê nenhuma situação anómala que justifique alguma antecipação", acrescenta.
Nesta altura, apenas a orla costeira do Sul do país está em alerta amarelo, tendo em conta as previsões de agitação marítima, que apontam para ondas até cinco metros.
A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira causou mais de 3000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.
No total, há registo de 83 desalojados, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e o mau tempo levou também ao corte e condicionamento de estradas e linhas ferroviárias, que têm vindo a ser restabelecidas.
Na quarta-feira, a partir das 14h00, a Proteção Civil reduziu o nível de alerta de laranja (o segundo mais grave numa escala de quatro) para amarelo em todos os distritos de Portugal continental devido ao desagravamento das condições meteorológicas, mas alertou que poderiam ainda ocorrer "situações pontuais de inundação".
O alerta amarelo (o terceiro da escala) significa um grau de gravidade moderado, existindo a possibilidade de ocorrência de fenómenos que, não sendo invulgares, podem representar um dano potencial para pessoas e bens.