Noronha do Nascimento admite que foram melindrosos os momentos em que teve de decidir sobre a validação das escutas judiciais a dois primeiro-ministros.
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Na semana em que terminou o mandato como presidente do Fupremo tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento admitiu que foram melindrosos os momentos em que teve de decidir sobre a validação das escutas judiciais a dois primeiro-ministros.
Na entrevista ao programa Gente que Conta, da TSF e do Diário de Noticias, Noronha do Nascimento revelou que foram momentos com importância mediática, mas tecnicamente simples de decidir.
«Foram momentos com alguma delicadeza sob o ponto de vista político que iam ter expressão na comunicação social. Em termos pessoais, não tiveram impacto nenhum», afirmou.
Agora que terminou uma carreira de muitas décadas de magistratura, Noronha do Nascimento disse não ter dúvidas: apesar do peso politico destas decisões, é mais dificil e dramático ser juiz na primeira instância.
«Os grandes dramas que o juiz sente ao longo da vida não são no Supremo nem são na Relação; são na primeira instância onde eu tive os casos mais dramáticos », sublinhou.