Nova greve a caminho. Trabalhadores dos Impostos param na última semana de dezembro
Greve foi aprovada esta sexta-feira pelo conselho geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Imposto e será marcada para a última semana de dezembro, atingindo o Natal e o Ano Novo.
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O ano não acaba sem mais uma greve. Descontentes com o rumo que as negociações das carreiras estão a ter, os funcionários da Autoridade Tributária e Aduaneira prometem partir para uma greve entre o Natal e o Ano Novo que afetará a cobrança de impostos e o cumprimento das últimas obrigações fiscais de 2018.
Segundo o sindicato, os trabalhadores estão descontentes com os sucessivos adiamentos nas negociações das carreiras e exigem que o executivo de António Costa se volte a sentar à mesa das negociações.
Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, diz mesmo que o objetivo é obrigar o governo a negociar as revisões das carreiras.
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"A greve tem a ver com a demora na negociação de carreiras e a demora na apresentação de um articulado para termos preto no branco as propostas do governo para resolver os problemas nesta casa", disse Paulo Ralha.
Em causa estão também os bloqueios aos concursos e as avaliações permanentes com pessoas "que passaram nos exames em Junho e que ainda aguardam para serem colocadas num nível superior."
Segundo presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, os trabalhadores avançam para greve porque não negoceiam oficialmente o estatuto das suas carreiras desde 2012.
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"Os problemas que existem derivam da fusão das três direções gerais - impostos, alfândegas e informática. Esta fusão feita em 2012 fez aumentar a necessidade de proceder a uma revisão de carreiras. Depois de 2012, essa necessidade intensificou-se e até agora nenhum passo concreto foi dado", revelou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos.
O pré-aviso de greve está marcado para os dias 26 a 31 de dezembro e foi aprovado esta sexta-feira pelo Conselho Geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos.