Nova sinalética no antigo IP5. Autarquia coloca placa a culpar Governo pela degradação da via
Contra o estado de abandono a que está votado o antigo IP5, a Câmara de Viseu decidiu colocar, ainda este mês, uma placa para avisar os automobilistas que a via está degradada por culpa do Governo.
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A ameaça está feita. Ainda este mês a Câmara Municipal de Viseu vai instalar no antigo IP5 uma placa a responsabilizar o Governo pelo estado de abandono a que está votado o troço que atravessa o concelho.
"O piso está muito degradado e, sobretudo nesta altura do ano, com o gelo e também com a chuva, torna-se numa estrada perigosa", salienta o presidente da autarquia, recordando que a via tem "muito tráfego", trânsito que aumentou depois da entrada em vigor das portagens na A25.
Farto de esperar por uma intervenção da tutela, o autarca decidiu em jeito de protesto, mas também de aviso aos condutores, colocar no antigo itinerário principal nº 5 a placa que desresponsabiliza a autarquia pela degradação da via.
"Se a bem não temos conseguido resolver o assunto com a Infraestruturas de Portugal, resta-nos esta solução, porque quem passa naquele troço acha que é da responsabilidade da autarquia, quando não é. Só nos resta uma solução, que é dizer que esta estrada é da responsabilidade do Governo e, portanto, a sua degradação é da responsabilidade do Governo", diz.
O município viseense e o anterior Governo tinham fechado um projeto de requalificação da estrada, que depois de arranjada iria passar para as mãos da autarquia. A empreitada estava orçada em cinco milhões de euros, mas nunca chegou a avançar, tendo sido colocada pelo Governo na gaveta. Almeida Henriques espera que, com esta "pressão", "o governo se chegue à frente".
"Viseu só toma esta atitude porque já esgotou todas as vias de diálogo. Tem que ir para outras formas de luta, porque estamos aqui a lutar pelo bem-estar das nossas populações. O Governo todos os dias enche a boca com a interioridade e depois não dá sinais no terreno de que está a fazer coisas para essa mesma interioridade", lamenta.