Novas acusações contra o papa Francisco. Arcebispo Viganò volta a entrar em cena
Em causa está um encontro do papa Francisco com uma notária dos EUA que se recusava a emitir certidões de casamento entre pessoas do mesmo sexo.
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O arcebispo que acusou o papa Francisco de encobrir os abusos sexuais da igreja voltou a entrar em cena com novas acusações. Desta vez, Carlo Maria Viganò acusa o papa de mentir sobre o encontro que teve com Kim Davis, a funcionária do governo do estado de Kentucky, nos Estados Unidos da América, que se recusava a emitir certidões de casamento entre pessoas do mesmo sexo.
De acordo com o The New York Times, Viganò disse ao site conservador LifeSiteNews que a versão do Vaticano sobre o encontro que aconteceu em setembro de 2015 não corresponde à verdade. A Igreja Católica assegurou, na altura, que a reunião com Kim Davis não significava um apoio à funcionária. No entanto, Viganò garante que o papa abraçou Davis carinhosamente, " agradeceu a sua coragem e convidou-a a perseverar".
As acusações não são propriamente uma novidade, uma vez que já em 2015 as duas versões tinham vindo a público.
O arcebispo avançou que decidiu manifestar-se depois de um artigo do The New York Times no qual Juan Carlos Cruz, vítima de abusos no Chile, adianta que o papa Francisco lhe disse estar "horrorizado" com a situação e desconhecer a notária, tendo-se encontrado com a funcionária sem marcação prévia. Viganò garante, contudo, que a audiência privada foi autorizada pelo Vaticano.
Algumas entidades eclesiásticas afirmam que Viganò está a agir por vingança por não ter sido promovido a cardeal.