Manuel Pizarro acredita que, até ao final do ano, três milhões de pessoas vão estar vacinadas contra a gripe e o reforço contra a Covid-19.
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O ministro da Saúde considera que nesta fase da pandemia não se justifica avançar com novas medidas. Manuel Pizarro falava aos jornalistas, em Lagos, a propósito da reunião do Infarmed marcada para dia 11 deste mês. "Temos que continuar a ouvir os peritos sobre a situação epidemiológica, mas eu diria que nesta fase não se justificarão novas medidas", avança o ministro. No entanto, acrescenta: "não quero antecipar o que os peritos nos vão dizer na próxima sexta-feira".
O ministro alerta para que a pandemia ainda não acabou e o que é necessário é reforçar a vacinação. " O que é necessário é vacinar as pessoas que estão em maior risco, que têm mais idade ou doenças", sublinha. Manuel Pizarro afirmou que mais de um milhão e setecentos mil portugueses já se vacinaram contra a gripe e com o reforço, e estima que "praticamente todas as pessoas que estão em lar residenciais de idosos ou em cuidados continuados já estão vacinados".
Manuel Pizarro acredita que até final do ano esse número chegará aos três milhões de pessoas. "Somos o País da Europa mais adiantado na vacinação, começamos no dia 7 de setembro", lembra. Pizarro revela que nas duas primeiras semanas houve pouca adesão das pessoas porque estava um tempo de Verão.
No dia em que decorre a cimeira Ibérica em Viana do Castelo, e em que vai ficar estabelecido que o Norte e a Galiza, vão partilhar ambulâncias e o serviço de 112, Manuel Pizarro admite que no futuro este sistema possa ser alargado ao resto do País. "Não há nenhuma razão para que não haja cooperação transfronteiriça, não é relevante se as pessoas falam português ou castelhano, o que é relevante é colocar os melhores serviços ao dispor de cada um", considera.
Questionado sobre o pré-aviso de três dias de greve dos enfermeiros, o ministro disse estar ainda a negociar e que esperava ter "boas notícias a curto prazo "para estes profissionais. "Temos a certeza que os enfermeiros se vão sentir muito melhor em relação áquilo que vai ser implementado na sua carreira", assegurou.
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Inaugurado hospital que já funcionava
O ministro da saúde inaugurou esta sexta-feira o Hospital Terras do Infante, em Lagos, e que vai servir este concelho, além de Aljezur e Vila do Bispo.
O hospital pertencia ao setor privado, mas desde agosto, passou a ser gerido pelo Serviço Nacional de Saúde, uma situação que o ministro considerou ser "rara". " É muito frequente ouvirmos notícias sobre as dificuldades do SNS e o crescimento do setor privado e aqui é ao contrário", sublinhou. O ministro sublinhou que "este será um hospital onde todos independentemente da sua condição económica serão tratados por igual".
Neste Hospital, que substitui o velho hospital de Lagos, serão criados novos serviços e valências. O ministro anunciou que em janeiro será criado neste edifício um Centro Oftalmológico que poderá dar 10 mil consultas anuais nesta especialidade e quase três mil cirurgias das cataratas, podendo acabar com as listas de espera na região.
O SNS tem um protocolo para gerir este hospital durante 10 anos e, na cerimónia de inauguração, o presidente da câmara de Lagos deixou o recado a Manuel Pizarro: "A unidade em si não é património do Estado e o que peço é que ela se abra e nunca mais se pense em fechar, porque pode ter a certeza que Lagos não perdoaria", avisou.